FABLES, FAIRY TALES AND OTHER STORIES

Grimm brothers

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Fábulas. contos de fada e outras histórias

Os contos de fadas pertencem à literatura infantil, porque utilizam elementos mágicos e porque, apesar de antiquíssimos, são próprios de uma época em que não havia o conceito de ‘infância’. Eles têm esse nome porque as histórias têm sua origem na cultura céltico-bretã, que possui seres muitos míticos, como as fadas, duendes, elfos, monstros, dragões etc.

Uma curiosidade: a mitologia celta possui 3 classes, segundo as crenças a elas associadas – a Goidélica, irlandesa e escocesa; a Britânica Insular, galesa e da Cornuália; e Britânica Continental, da Europa Continental. Ou seja, há uma grande mistura de crenças, folclores e costumes no que chamamos mitologia celta.

Em inglês normalmente essas histórias todas começam com “once upon a time”, ‘in a very far far land’, era uma vez, em uma terra muito distante, porque a história está localizada no não-tempo e em um espaço mágico.

FÁBULA é uma ficção curta com lição de moral. Nela há animais humanizados representando traços de personalidade humana: a astúcia da raposa ou a inocência do cordeiro. A moral é sempre a chave para entender a intenção da fábula.

“A Lebre e a Tartaruga” e “Pedro e o Lobo” são exemplos de fábulas famosas, muitas das quais são atribuídas a Esopo.

Já, o CONTO DE FADAS é também uma ficção, não é uma história curta e não possui – necessariamente, uma lição de moral. Ele inclui elementos mágicos, heróis, provações e a luta entre o bem e o mal. Há, por vezes, uma jornada de transformação do personagem principal.

São vários os proveitos e objetivos dos contos de fadas. Servem para entreter, para oferecer lições de moral, inspirar esperança e provocar reflexão sobre questões psicológicas ou sociais representados simbolicamente. Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida e por aí vai.

Mas como essas histórias chegaram a nós?

Esopo, os irmãos Grimm e Hans Christian Andersen são nomes fundamentais. E o mais interessante é que cada um reuniu suas histórias de um jeito.

Esopo é uma figura lendária, viveu em 550 ac na atual Turquia (Grécia Antiga) e de acordo com o legado deixado, acredita-se ter sido um contador de histórias. Para a História, é o primeiro criador de fábulas. Ele teria sido vendido como escravo a um filósofo que posteriormente lhe concedeu alforria. Talvez aí tenhamos já uma explicação para os cunhos morais das histórias que ele inventou.

Esopo, livre, foi conselheiro de um rei da Lídia e costumava contar histórias sobre animais das quais extraía uma moral. Era um entertainer.

Suas histórias eram faladas e somente no sécual IV ac, Falero redigiu a primeira coletânea de suas fábulas. No século I da Era Cristã, um escravo liberto chamado Fedro (não confundir com Fedro, texto de Platão), escreveu em latim diversos livros de fábulas que descendiam das de Esopo e se tornaram igualmente célebres.

Mais avançado no tempo, temos que a primeira coletânea de contos infantis surgiu no século XVII, na França, organizada pelo poeta e advogado Charles Perrault. As histórias recolhidas por ele tinham origem na tradição oral e até então não haviam sido documentadas.

Há oito histórias creditadas a ele:

A Bela Adormecida no Bosque;

Chapeuzinho Vermelho;

O Barba Azul;

O Gato de Botas;

As Fadas;

Cinderela

A Gata Borralheira;

Henrique do Topete

O Pequeno Polegar.

Sendo assim, a Literatura Infantil como gênero literário nasceu com Perrault, mas só seria amplamente difundida posteriormente, no século XVIII, a partir das pesquisas linguísticas realizadas na Alemanha pelos Irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm).

Ao realizar suas pesquisas linguísticas, que tinham por objetivo descobrir invariantes linguísticas originárias nas narrativas orais, os Irmãos Grimm descobriram um variado acervo de histórias maravilhosas disseminadas de geração para geração. Formaram, assim, uma verdadeira coletânea com outras histórias:

A Bela Adormecida;

Branca de Neve e os Sete Anões;

Chapeuzinho Vermelho;

A Gata Borralheira;

O Ganso de Ouro;

Os Sete Corvos;

Os Músicos de Bremen;

A Guardadora de Gansos;

Joãozinho e Maria;

O Pequeno Polegar;

As Três Fiandeiras;

O Príncipe Sapo e muitos outros…

Já, os irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm) eram acadêmicos alemães do século XIX que coletaram profissionalmente e publicaram contos folclóricos regionais em sua obra “Contos de Fadas para Crianças e Famílias”. Eram profundamente sérios com relação aos perigos das adaptações das histórias e desenvolveram pesquisas densas para encontrarem as histórias em sua forma mais original, para preservar o folclore alemão, buscando unificar a identidade cultural alemã.

O estilo das histórias é radicalmente diferente de Esopo, são relatos brutais e sombrios, refletindo as lições de vida duras e as realidades da época medieval e pré-industrial.

Um outro nome importantíssimo é Hans Christian Andersen, autor dinamarquês do século XIX que escrevia durante a era romântica. Ele usava contos de fadas para explorar temas complexos e muitas vezes com uma nota pessoal que refletia suas próprias experiências e sentimentos.

Uma dica importante: STORY em inglês era a nossa antiga ESTÓRIA que ninguém mais fala. HISTORY seria a nossa história com H.

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