Nestes anos todos dando aula, percebi um padrão de dificuldades na pronúncia enfrentados por brasileiros. São erros que só nós cometemos pelas características gramaticais e fonéticas do português.
Inclusive, para muitos alunos fluentes eu ainda assim recomendo aulas com (excelentes) professores brasileiros, porque só o brasileiro alcança exatamente onde está o vício fonético de outro speaker. O native speaker, na maior parte das vezes, não consegue estabelecer essa relação.
Abaixo o primeiro dos maiores problemas na pronúncia para brasileiros:
#1
Vogais diferentes pronunciadas de forma igualEm inglês as vogais U e I têm dois sons cada uma.
U – umbrela /âmbrella/U – full /full/ (é um ‘u’ quase ‘o’)
I – life /laife/
I – live (leve) (é um ‘e’ quase ‘i’)Least (menos) – List (lista)
Sleep (dormir) – Slip (escorregar)Heat (calor) – Hit (bater)
Beach (praia) – Bitch (v4g4bund*))Pool (piscina) – Pull (puxar)
Luke (nome próprio) – Look (olhar)Who’d (who would) – Hood (capuz)
Fool (tolo) – Full (cheio)Stewed (cozido) – Stood (passado de stand)
Aos meus alunos sempre recomendo escreverem diversas vezes essas palavras forçando a pronúncia diferente para elas. No início a pronúncia fica forçada, grosseira, totalmente não natural, mas aos poucos, colocando as palavras dentro de frases pequenas, ela muda. Uma outra dica é o exercício de falar as palavras de forma lenta, como quando aprendemos a tocar piano usando o metrônomo no compasso mais moroso, garantindo que as teclas, isto é, os sons das sílabas sejam pronunciados de forma pausada e correta.
Isso ajuda não somente a pronúncia como o entendimento da gramática, porque o brasileiro não aprende a separar as sílabas em inglês – sabe lá porquê. Isso é uma lástima, já que no inglês as sílabas são separadas de acordo com os sons dos fonemas. Ou seja, algo importantíssimo de saber, não apenas para separar sílabas na escrita e sim para articular os sons corretamente.